Foto: Arquivo Rádio Repórter
O Secretário de Saúde do município de Ijuí Márcio Strassburguer avaliou em entrevista no Fatorama como positivo até aqui o trabalho que vem sendo desenvolvido junto ao Corujão da Saúde. Salientou que há uma satisfação com a evolução do atendimento no horário alternativo, mas que ainda há necessidade de se evoluir para mudar alguns hábitos já que a UPA ainda é o destino preferencial de boa parte da população mesmo, os casos mais leves e que poderiam ser acessados no Corujão mais rapidamente.
No entanto, disse que se conseguiu equalizar, equilibrar a maior parte dos embates que estavam ocorrendo na Unidade de Pronto Atendimento, principalmente na questão atinente ao tempo de atendimento.
“Não estamos onde gostaríamos de estar, mas sabemos que o fato de estarmos no meio de um inverno estranho e sabermos que é um período mais complexo devido às doenças respiratórias características da época e da região; estamos disponibilizando estes serviços que somados – entre CT, Corujão e UPA chega a cerca de 400 atendimentos por dia”, avaliou.
Sobre fala da vereadora Bruna Gubiane na sessão legislativa dessa segunda-feira de que teria uma denúncia e levaria ao Ministério Público devido a uma suposta orientação do secretário da saúde para médicos quanto ao limite de até 8 exames por pacientes e, além deste número, os pacientes deveriam cobrir os custos na rede privada, Márcio Strassburguer desmentiu.
Explicou que é uma situação que vem tentando resolver a pelo menos duas semanas salientando que há um problema no sistema de geração das solicitações laboratoriais. De acordo com ele, foi feito o movimento contrário buscando dar mais agilidade ao paciente na hora de receber o exame. “O paciente vai para a consulta médica; e antes ele tinha que esperar, passar pela regulação, autorização do exame e só então sair com o exame na mão. Solicitamos ao programador do nosso sistema que fizesse essa liberação no momento da consulta para que o paciente não precisasse esperar; e aí este processo de mudança, reprogramação do sistema, gerou algumas inconformidades que nós não concordamos e aí buscamos tirar o programa do ar e mudar o sistema retroagindo no formato anterior, o que ocorreu neste caso foi um erro técnico do sistema que não pode barrar acesso, bagunçando a prescrição que o médico pode fazer”, disse.
Em relação ao limite de exames dos pacientes quando consultam, destacou que os primeiros oito exames solicitados pelo médico são autorizados automaticamente, os demais há a necessidade da justificativa clínica do profissional médico. Isso ocorre para atender a alguns protocolos, mas lembrou Márcio Strassburguer que isso é uma orientação apenas, uma vez que o médico é autônomo na sua conduta. A partir da justificava do médico o auditor da Secretaria da Saúde avalia e autoriza o exame solicitado. “Não tem movimento nenhum de barrar ou reduzir acessos a exames, muito pelo contrário, a gente quer ampliar o acesso dando mais agilidade, porém nosso sistema não está conseguindo dar conta dessa programação”, sublinhou.
“Já entramos em contato com a empresa e pedimos para retirar a mensagem automática do sistema que não reflete com o que a gente solicitou. Sem dúvida não vamos orientar que quem consulta no serviço público tenha que adquirir no setor privado sua medicação ou exame, muito pelo contrário. O médico justificando clinicamente a necessidade do procedimento vamos autorizar sem problema algum. Já solicitamos correção ao erro de sistema que ocorreu e estamos acompanhando para tentar regularizar isso o quanto antes”, afirmou.
Sobre a situação financeira do HCI e a participação do município de Ijuí na compra de serviços da instituição de saúde, Márcio Strassburguer disse a administração já compra serviços do HCI e o montante é bem significativo. Reiterou que há um convênio em vigor desde o ano passado para realização de cirurgias que repassou R$ 1 milhão para os hospitais – sugestão da Câmara de Vereadores à época e que foi acatado pelo prefeito Andrei Cossetin. Nos primeiros seis meses deste ano, o município investiu na compra de serviços do Hospital de Caridade cerca de R$ 410 mil para realização de ultrassons, tomografias, e outros diversos exames – comprados via Cisa – do HCI.
“O HCI, assim como o Bom Pastor são prioritários na nossa compra de serviços por serem instituições hospitalares filantrópicas. A ideia é renovar convênios como os que já existem e por exemplo no convênio das cirurgias de cataratas que temos com o Hospital Bom Pastor”, destacou, salientando que “inclusive estamos com um processo de credenciamento na Copam justamente para as instituições hospitalares visando a realização de exames de imagem o que redundará em mais compra de serviços dessas instituições”, concluiu.
Fonte: Rádio Repórter voltar